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O prejuízo da pecuária com as queimadas

Autor: Márcio Leal

O prejuízo da pecuária com as queimadas
Fonte da imagem: Estadão

      Os números de focos de incêndio no Pantanal, nas duas primeiras semanas de agosto, superam o número de todo mês comparado ao ano de 2019. Dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que em menos da metade do mês de agosto as queimadas tiveram aumento de 53%, trazendo riscos para fauna, flora e perdas econômicas.

    O Pantanal é o berço de espécies únicas como a arara-azul e a onça-pintada e a ameaça do fogo coloca a vida desses e de muitos outros animais em risco. Gerando prejuízo também para a agropecuária, setor que movimenta a economia local. Incêndios devastam grandes áreas chegando até as propriedades rurais e deixando destruição por onde passa.

    O problema atinge, também, o bolso dos pecuaristas, que acabam perdendo os animais que fogem do fogo ou que morrem carbonizados, as cercas que são queimadas e a rede elétrica que acaba sendo danificada, além de destruir lavouras de milho e algodão e redução da fertilidade do solo. Uma fazenda em Diamantino-MT teve prejuízo de R$ 18 milhões, o fogo destruiu fardos de algodão preparadas para a venda e uma colheitadeira.

    Para evitar os incêndios, podemos utilizar algumas técnicas simples como os aceiros, que são faixas ao longo de toda a cerca onde a vegetação é eliminada, podendo ser feita utilizando enxadão ou grades acopladas a tratores, de acordo com o acesso da área, deve ser realizado nos dois lados da cerca na divisa com outras propriedades e realizado no início do período da seca, assim evitamos a perda de mourões, arames, balancins, postes e rede elétrica além de dificultar entrada do fogo na propriedade. É ideal que o proprietário tenha equipe especializadas para utilizar abafadores e combater o incêndio dentro da propriedade e conscientizar os colaboradores dos riscos e prejuízos das queimadas.

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