Potencializando a produção leiteira com o manejo sanitário preventivo
Garanta um leite de maior qualidade, reduzindo os custos das despesas através de boas práticas de manejo sanitário!
Autor: Adriana Lima
A sanidade do rebanho é essencial para atingir bons resultados da pecuária leiteira, uma vez que reduz os custos, pois são evitados erros e enfermidades, além de aumentar a produtividade e tornar a atividade mais rentável ao produtor.
O conceito de manejo sanitário preventivo surgiu para substituir as práticas antigas, quando se tornou claro para os produtores que a natureza não possui capacidade infinita de tolerar aos impactos das atividades humanas conforme são realizadas, além de se observar uma mudança na preocupação dos consumidores com a origem dos alimentos.
Anteriormente, a produtividade era estimulada para se obter lucros, o que colocava os animais em situação de estresse, afetando diretamente seu sistema imunológico e ampliando as chances de contraírem doenças, tornando necessário o uso de medicamentos para resgatar a sanidade do rebanho. Porém, muitos dos remédios aplicados deixavam resíduos na carne e no leite, bem como afetavam o meio ambiente, quando descartados erroneamente, trazendo prejuízos socioeconômicos e danos à saúde humana.
Para alterar este modelo problemático, foram apresentadas, em 2011, as práticas de sanidade que priorizam o bem estar animal e o controle estratégico de parasitos, cujo objetivo é garantir um leite de maior qualidade, mas também reduzir os custos e potencializar a produção.
O primeiro passo da sanidade preventiva consiste em conhecer o comportamento animal, bem como os mecanismos de manejo que irão assegurar o bem-estar dos bovinos, sendo os principais: instalações seguras com sombra e circulação de ar adequada, garantindo higiene e conforto; oferecer água na qualidade e quantidade ideais, sendo esta livre de resíduos químicos, servida em bebedouros acessíveis. Também é importante manter piquetes com cercas seguras, sombra o suficiente e conforto térmico; corredores bem espaçados para que os animais possam se locomover; manter os cuidados com a higiene durante todo o processo de cria; evitar o estresse psicológico, que afeta diretamente na produção de leite. Paralelamente a isso, é essencial oferecer uma alimentação saudável que atenda às exigências nutricionais e fisiológicas (crescimento e reprodução) do rebanho. Cultivar árvores próximas às pastagens contribui para a qualidade do alimento, uma vez que influencia na quantidade de minerais do solo, tornando o pasto mais nutritivo.
Outrossim, faz-se necessário o controle estratégico de parasitas comuns ao rebanho leiteiro, que é realizado com a higienização dos currais, instalações dos filhotes e bebedouros, além da junção de práticas como o manejo de pastagens voltado para a redução das infestações de parasitos: a rotação de pastagens promove a descontaminação do ambiente, devido ao descanso. Outras medidas são: adquirir raças menos suscetíveis a ação dos parasitas, remover sempre os resíduos dos animais, evitar o acúmulo de água nos piquetes ou currais, não deixar os bezerros terem contato com as fezes dos adultos, que são resistentes e podem tornar-se assintomáticos, liberando parasitos no ambiente.
Respeitar o bem estar animal e promover um bom manejo preventivo são ações primordiais para se obter uma produção de sucesso sem prejudicar os animais ou o meio ambiente, e não há dúvidas de que o produtor que segue estes passos está saindo na frente na corrida pela participação no mercado.
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