Como escolher a cultura ideal para sua produção?

Autoras: Brenda Marinho e Cíntia Santana.

Investir em culturas zootécnicas é uma ótima estratégia, devido à alta demanda por alimentos de origem animal, à eficiência produtiva e à qualidade dos produtos, o que proporciona um maior retorno econômico. No entanto, cada espécie possui exigências específicas que precisam ser consideradas para garantir um manejo adequado e uma boa adaptação ao ambiente local. Por isso, é fundamental um estudo aprofundado e a atuação de profissionais da área para a implantação de um sistema produtivo eficiente e sustentável. Fatores como clima, disponibilidade de insumos, demanda de mercado e infraestrutura são essenciais na escolha das espécies mais adequadas para cada realidade.  

Análise de mercado: Recomenda-se realizar uma pesquisa de mercado antes de decidir em qual cultura investir, a fim de testar a viabilidade do empreendimento na região. Por exemplo, ao investir na ovinocultura para a produção de carne, deve-se verificar se há demanda local. Caso não haja, é necessário buscar mercados externos. Se não existir consumo local ou canais de distribuição adequados, o negócio pode não ter o retorno econômico esperado.  

Logística: A proximidade de fornecedores de insumos, mercados consumidores, parcerias e o transporte dos animais deve ser considerada durante a escolha da cultura, pois a distância pode influenciar significativamente nos custos operacionais e na competitividade no mercado.  

Recurso financeiro: O investimento na produção animal requer fundos para a aquisição de insumos. Por exemplo, na aquicultura, há um alto custo inicial com equipamentos, infraestrutura adequada, alimentação e manutenção dos sistemas e peixes.  

Topografia: A análise topográfica identifica o relevo e os recursos hídricos, orientando o uso do solo e a escolha de culturas. Um terreno inadequado pode gerar estresse nos animais, afetando seu bem-estar e a produtividade das atividades agropecuárias.  

Análise topográfica utilizando drones para verificar o terreno.

Ambiência e Estruturas de Confinamento: A infraestrutura deve garantir o conforto térmico e minimizar o estresse dos animais, promovendo o seu bem-estar. 

Instalações climatizadas: Essenciais para espécies sensíveis ao calor, como suínos e aves, incluindo ventilação, aspersão e isolamento térmico. 

Sombreamento natural ou artificial: Fundamental para ruminantes em sistemas extensivos. 

Pisos e drenagem: Evitam acúmulo de umidade, prevenindo problemas locomotores e sanitários.  

O galpão climatizado para frangos de corte garante um ambiente controlado, mantendo os níveis de mortalidade baixo e melhorando a conversão alimentar. Fonte da foto: https://www.avisite.com.br

Exigências Sanitárias e Biossegurança: A estrutura deve minimizar riscos sanitários e garantir a qualidade de vida rebanho. 

Controle de acesso e quarentena: Previnem a entrada de doenças. 

Fluxo adequado de manejo: Separação entre animais saudáveis, doentes e recém-chegados. 

Desinfecção e barreiras sanitárias: Rodolúvios, pedilúvios e equipamentos exclusivos por setor.

Plano de descarte seguro: Gestão eficiente de resíduos biológicos e animais mortos. 

Realização da desinfeccção em granjas avícolas para minimizar riscos de contaminação por doenças. Fonte da foto: https://schippers.com.br

Infraestrutura Alimentar e Armazenamento de Insumos: A alimentação representa um dos maiores custos da produção, exigindo armazenamento adequado e distribuição eficiente. 

Silagem e fenação: Essenciais para ruminantes.  

Armazéns climatizados: Preservam grãos e rações.  

Mecanização na distribuição: Vagões forrageiros e sistemas automatizados. 

Sistemas de alimentação automatizada em piscicultura, melhora a conversão alimentar e reduz perdas. Fonte da foto https://www.nuter.com.br

Compostagem e separação de resíduos: Transformação de resíduos orgânicos em fertilizantes naturais.  

Sistemas de reuso: Aplicação da fertirrigação em propriedades agropecuárias integradas, promovendo o aproveitamento sustentável de recursos.  

Na pecuária leiteira intensiva, o manejo rotacionado de capim-elefante aumenta a taxa de lotação sem comprometer a qualidade nutricional da forragem. Fonte da foto: https://milkpoint.com.br

A escolha estratégica das culturas exige uma avaliação detalhada do mercado, infraestrutura e sustentabilidade. A viabilidade depende da harmonia entre a demanda e os recursos disponíveis. O bem-estar animal, a biossegurança e a gestão ambiental são pilares essenciais para a eficiência e competitividade no mercado, e investimentos estratégicos nessas áreas potencializam a rentabilidade e incentivam uma produção mais responsável. Assim, decisões baseadas em análise criteriosa garantem um sistema produtivo sustentável e lucrativo.  

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